nome: |
Manuel Joaquim Frades Carvalhal (poeta Silvais) |
ano nascimento: |
1948 |
freguesia: | |
concelho: |
Évora |
distrito: |
Évora |
data de recolha: | 2024 |
Manuel Carvalhal (Poeta Silvais), poesia tradicional em sextilha. Registo no âmbito do curso "Registo de Património cultural imaterial" com a participação dos formandos. Turma de 15 e 16 de abril 2024, Évora. Evento promovido pela Câmara Municipal de Évora. Poesia tradicional. Poeta Silvais - Alentejo terra quente Fiz outras sextilhas que eu também gosto. Gosto de escrever em sextilhas e até dá para musicar mais facilmente, é bom. E escrevi também estas que estreei uma vez em Borba, na feira do queijo está a decorrer agora ou decorreu agora este fim de semana. Alentejo, terra quente e o calor da tua gente e é das coisas mais bonitas. O ondular da semente e de quem ama cegamente mescla de papoilas e espigas. Alentejo, meu amor, não te querem dar valor e estás a ficar desprezado. Não querem fazer justiça ao azeite e a cortiça e à qualidade do gado. Alentejo, sofredor e tanto filho do senhor morreu por ti, enfadado. Ceifando a campina ardente mas cantando alegremente, antas vezes esfomeado. Alentejo é sofrimento Da brasa ao sol em baixo o vento que até se chama Suão. Com aquelas baforadas, terra agreste queimada velho celeiro da nação. Alentejo mal-amado vem gente de todo o lado fazer aqui a mansão. Com teu mármore exportado vem depois denominado de Carrara, a região. Alentejo é catacumba para quem vive na penumbra e manda nesta nação. Castro Verde tem urânio, ouro e cobre e Aljustrel é terra pobre, com tanto minério no chão. Alentejo sem lirismo não te vejo no turismo com a mesma dimensão. Sou teu filho e podes querer e que por ti irei morrer com mágoas no coração. Isto também já tem uns aninhos, tem para aí 20, é do século passado ainda…
Inventário PCI
Transcrição
Caraterização
Identificação
Contexto de produção
Contexto territorial
Contexto temporal
Património associado
Contexto de transmissão
Equipa