nome: |
Rosa Dias |
ano nascimento: |
1947 |
concelho: |
Campo Maior |
distrito: |
Portalegre |
data de recolha: | Julho 2012 |
Filmagem da autoria de Catarina Durão Machado e entrevista orientada por Ana Zulmira Durão Machado. Trabalho realizado no âmbito do Curso de Verão da FCSH – “Registo de vídeo da tradição oral - contos, lendas, provérbios ...”. Gravado na Casa do Alentejo, Lisboa. | |
Campo Maior (sobre Campo Maior, mas gravado em Lisboa - Casa do Alentejo) "O velho sobreiro"- Poema sobre um pequeno sobreiro em Lisboa. Rosa Dias, Ano de nascimento 1947, Lisboa, Registo 2012. Passava um dia perto do Rossio Entre a igreja de São Domingos e a Ginjinha Quando em meu corpo senti um arrepio Que mesmo das entranhas da minha alma vinha Foi uma graça de Deus a emoção que senti Quando de repente o meu olhar pousava No velho sobreiro ali, mesmo ali Nesse momento senti que no Alentejo estava Mas ai que para meu espanto Lisboa passa De canastra à cabeça e chinela no pé Bandeando a anca que enchia de graça Benzendo seu rosto num gesto de fé No velho sobreiro pousavam pardais Trinando cantigas ao som do pregão A varina corria em direcção ao cais E o sino da igreja fazia dlão, dlão Dlão, dlão… E eu, camponesa, olhava com espanto Toda esta visão, todo este bulício Minha alma poeta se enchia de encanto E as pessoas passavam sem darem por isso Com vida apressada, perdeu-se o encanto A vida é vivida em função do dinheiro As pequenas coisas já não causam espanto E Lisboa já chora abraçada ao sobreiro Mas Deus, Deus que é amor deu o dom ao poeta Para ver a vida com outra visão Com outro sentir, que o faz estar alerta Para as pequenas coisas que tão belas são Informante: Rosa Dias 2012/Campo Maior Poesia Popular da autora transmitida por livro e recitada em diversos eventos culturais.
Inventário PCI
Transcrição
O velho sobreiro
Caraterização
Identificação
Contexto de produção
Contexto territorial
Contexto temporal
Património associado
Contexto de transmissão
Equipa
Pág. 7 de 8