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Assunto: Trajo de Festa

Data da Recolha: 21/02/1992

Objecto: Festa – Alegrete

Época em que foi usado: Inicio do séc. XIX (1904/1910)

   

Trajo de Festa

Aspectos Gerais (Descrição do tema, Época que representa)

Trajo utilizado por ocasiões das Festas na Freguesia de Alegrete

 

Trajo composto por:

. Blusa:

Em lã fina lisa ou com desenhos, cor-de-rosa, justinha ao corpo, com nervuras nas costas e um encaixe ou cabeção rectangular na frente e costas, rematando com folho e com colareta. As mangas eram largas com um punho apertado. Decorada com fitas de veludo nos punhos e a prender o folho de cabeção. Fechada de lado com um género de macho que podia ter também folhinho.

. Saia:

De lã ou de feltro em cor verde-salsa, usava-se com duas barras de fita de gorgorão em preto, distanciadas 10cm entre elas, simples ou com outra fita entre elas fazendo triângulos. Característica de toda a região o facto de o tamanho e riqueza das barras, variar conforme a condição de quem usava a saia.

. Avental:

Normalmente de cores claras (creme ou cor de rosa), cores fortes (preto e castanho) não muito largo, com folho largo, plissado ao fundo e com dois bolsos. Eram enfeitados com fita de veludo a condizer.

. Lenço:

Cachené, atado à volta da cabeça. Mais recentemente passou a ser usado aos ombros, andando a mulher em cabelo com poupo.

Assim diz a quadra: “Uma moça em cabelo

No baile bem arranjada

Qualquer rapaz a namora

Antes que não tenha nada”

. Meias:

Brancas feitas à mão com vários desenhos.

. Saiote:

De linho ou pano branco fino, com rendas largas em bicos.

. Camisa:

Em pano ou linho, até ao joelho e bordada à mão no peito.

. Corpete:

De linho ou pano fino enfeitado com renda estreita ou “pontilha”.

. Sapatos:

Pretos de calfe ou de cabedal, com presilha abotoados de lado.

. Bolsa:

Que usava quando a mulher ia a qualquer lado, bolsa de “padeiro”, assim se chamava por ser feita de tecido a condizer ou de renda branca formando quadrados, que pegavam em bico e podia levar folho à roda e borlas nas pontas.

Alegrete é uma das freguesias mais aristocratas do concelho. Foi sede de concelho até à reforma dos concelhos do século passado e possuía o título de Marquês de Alegrete, instituído por D. João IV. Esta condição está patente nos trajos, onde as saias eram um pouco mais curtas e os saltos eram um pouco mais altos. As meias eram mais artísticas do que as usadas em qualquer outra povoação.