nome: |
Angelina Fernandes |
ano nascimento: |
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freguesia: | Castro Laboreiro |
concelho: |
Melgaço |
distrito: |
Viana do Castelo |
data de recolha: | 2022 |
- A arruda e o mau olhado
- A moura de Quinjo
- A moura e o encanto mau
- A moura e o leite de cabra
- A mulher de Cavada Velha
- Acompanhamentos invisíveis
- Brandas e inverneiras
- Cantigas de trabalho - pastar o rebanho
- Curar feridas
- Curar o enganido
- Curar queimaduras
- Ervas benzidas
- Medos e Acompanhamentos
- O entrudo e os frangalheiros
- Os acendimentos
- Os lobos da carvalheira
- Palavras ditas e retornadas
- Triste ceguinho em Cavada Velha
- Ver pessoas no acompanhamento
Relato sobre saquinhos com ervas benzidas que se colocavam nos animais prestes a parir, para os proteger das bruxas. Medicina popular (proteção dos animais contra as bruxas; ervas benzidas) - "Antigamente tínhamos as vacas e, antes de parir, uns dias fazíamos assim umas saquinhas, assim pequeninas, quadradinhas. E metíamos-lhe ali: arruda, um carvão do lume, sal, sarja. (...) Não sei o que era mais, mas penso que não era mais nada. Prendíamo-la numa baracinha, púnhamos-lha assim à cabeça, à roda dos cornos. Aquela [chamava-se] a dómina. E depois diziam assim as bruxas, quando viam a dómina diziam assim: «Ou tu és sarja ou tu és arruda ou a tua dómina é mui sabichuda.» Diziam elas, porque viam a dómina, então diziam assim: «Ou tu és sarja ou tu és arruda ou a tua dómina é mui sabichuda.» Então a gente, como sabia que elas se metiam com os animais, metiam-se com a gente, então trazia aquelas ervinhas benzidas. Vínhamos benzer o ramo, quando era no tempo de benzer o ramo, porque só há aquela altura, só há aquele dia, não há mais nada. Então a gente vinha e depois com aquelas ervinhas fazia aquelas dóminas aos animais, por causa de que as bruxas não se metessem com os animais. Antigamente era assim." - "Se elas se metessem com os animais o que é que acontecia? Eles ficavam doentes?" - "Podiam-se malparir, podiam-se não livrar. Podiam-lhe morrer a cria dentro da barriga e não se livrar, ter que chamar o veterinário, que naquela altura não havia veterinários. Havia pelos idosos pessoas que sabiam. Os idosos que sabiam livrá-las. E livravam-nas. E mais, não havia mais nada. E era assim, era por isso que a gente então, por causa de coisas que faziam isso. Por causa de não lhe acontecer nada."
Inventário PCI
Transcrição
Caraterização
Identificação
Contexto de produção
Contexto territorial
Contexto temporal
Património associado
Contexto de transmissão
Equipa