nome: Contemfesta 2011 Resumo 2º Dia
instituição: IELT/Memória Imaterial
evento: Contemfesta 2011
data: Novembro 2011
local: Pereiro de Palhacana, Alenquer

Na terceira edição desta festa de narradores e narrativas, oferecemos os mundos do conto e do cordel através de magos da palavra e do imaginário da Argentina, Brasil, Moçambique e Portugal.

Inserido na pequena aldeia de Pereiro de Palhacana, Alenquer, onde a memória do "folheto de cego" é forte, esta festa de narradores e narrativas oferece uma experiência singular aos amantes do conto e da arte de contar. Os participantes são recebidos por toda a aldeia em pleno S. Martinho. As cozinhas abrem-se para nos mostrar como se fazem as comidas tradicionais locais. Os contadores convidados recebem-nos nas antigas adegas do Pereiro de Palhacana. Todos podem desfrutar das fogueiras de S.Martinho animadas por contos e alegradas pela castanha assada na brasa e pelo vinho-novo produzido na aldeia e arredores. Uma feira do livro de cordel convida-nos a tomar contacto com esta forma de edição onde tudo se publica: contos rocambolescos e teses académicas, poesia popular e livros de agricultura. Documentários sobre a memória do cordel e lançamento de novos livros do mundo do conto pelos seus autores e editores, acontecem nesta festa. Para os mais entusiastas e para os investigadores da área, a Quinta de Palhacana recebe-nos para uma mesa redonda onde investigadores de Portugal, França e Brasil debatem a memória e os novos caminhos da arte de cordel.

Esta é a nossa festa, a festa do MEMORIAMEDIA, feita para todos os entusiastas da arte de contar.

O CONTEMFESTA 2011 teve como tema “A arte do cordel”.

O folheto de cordel representa uma forma livre e delirante da literatura e da performance. Tradicionalmente feita a partir de um espectro de estímulos que se estendem da tragédia local à recuperação de mitos fundadores da arte ocidental, nada escapa ao ímpeto transformador desta arte de efeitos imediatistas e que une tão magistralmente a literatura com a performance. A memória viva do “folheto” ainda se encontra em Portugal. No Brasil esta arte permanece viva e em transformação.

Os processos do cordel (de plasmação de eventos, memórias e mitos em novas criações performativas e literárias) parecem-nos indicados para investigar e reflectir sobre a criação contemporânea e um caminho de renovação que se pode revelar importante na busca de novos processos artísticos.

Vídeo e Montagem: Solange Carvalho

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