Canto polifónico executado em grupo e sem instrumentos (cante alentejano) na noite de 5 de Janeiro por cerca de 25 homens de Barbacena, concelho de Elvas, cumprindo a tradição do Cantar dos Reis.
Vestidos com o tradicional capote alentejano e a boina, o grupo que canta de casa em casa é composto pelo Ponto, o Coro, o Falsete e o elemento que faz a Desgarrada (os elementos que fazem estas vozes vão rodando, não são sempre os mesmos).
O grupo começa por se juntar à casa de um dos moradores, o Ponto bate à porta e pergunta:
“Dá licença que cante os Santos Reis?”
A porta mantêm-se fechada e esperam a resposta. Do lado de dentro da casa o dono aceita ou não que cantem. Usualmente a resposta é positiva, só é negativa caso algum familiar tenha falecido. Segundo o testemunho de Manuel Rolhas, um dos mais idosos elementos do grupo, há cerca de sessenta anos, como existiam vários grupos a cantar, algumas famílias recusavam o segundo ou terceiro grupo.
Mantendo a porta fechada o morador aceita ouvir o cantar e o Ponto começa acompanhado depois pelo Coro. O Falsete prolonga a última sílaba do segundo verso e depois de todos os versos cantados o elemento da Desgarrada pede a esmola:
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