• Nome: Armindo Martins Santana

  • Ano de nascimento: 1956

  • Residência: Portalegre (freguesia da Sé)

  • Actividade profissional: Funcionário dos CTT

  • Função na Sociedade Musical Euterpe: Anterior maestro e músico

  • Entrevista: 2010/2/10_ Portalegre_Sede da Sociedade Musical

"Nós chegámos a ter quarenta e muitas saídas de festas e romarias, não contando depois com estes servicinhos da cidade (que eram festas da cidade e o 25 de Abril...). Não, nós tínhamos, houve uma altura que, já era demais, era quase Sábado e Domingo saídas. Nós aqui, no distrito (no distrito e não só), nessa altura, quando esteve cá o Sr. Dias (em setenta e seis, setenta e oito até oitenta e qualquer coisa) ele como era (?) tinha muitos conhecimentos, nós apanhámos uma faixa muito grande da Beira e aqui da zona de Estremoz. Nessa altura, as bandas de Estremoz ou estavam fraquinhas ou não sei, nós fizemos muito Ourada, de Borba, Vila Viçosa, fizemos muitos serviços nessa altura, Sousel, e ainda faz, a banda ainda faz, neste momento, ainda vai a Sousel todos os anos lá fazer a festa lá em cima na serra, fazer a tourada e a procissão. Nós tínhamos um mercado muito bom e mantivemos esse mercado. No ano em que eu saí ainda havia mercado muito bom. Nós tínhamos trinta, trinta e tal, quarenta serviços anuais. Tínhamos. E depois tínhamos também o conjunto, nessa década, que acabou depois –, se calhar, o conjunto acabou em mil e novecentos e qualquer coisa – deve ter terminado ainda antes de 2000. Como o conjunto também era um conjunto que se portava muito bem nos bailes, tinha uma aceitação. Então, Euterpe, o nome, vendia! Se não vendia através da banda vendia através do conjunto. E de maneira que, pronto, acho que sim. Foi bom.

E, nessa altura, foi quando se deu o Parque das Nações. Fomos duas vezes, talvez, ao Parque das Nações. Depois deu-se os quinhentos anos dos Descobrimentos que havia um protocolo com um grupo (como é que se chamava aquele grupo? Daqueles... Não sei...), pronto, mas um grupinho que trabalhou depois aqui com a Câmara de Portalegre, que veio fazer aqui uns concertos e umas actividades ao Convento de Santa Clara, e depois, como nós trabalhámos com eles, aproveitou lançou-nos também. Fomos também lá a Belém fazer dois serviços... Fizemos, fizemos uns servicinhos bons. E posso-lhe dizer que, sim senhora, portanto, foi uma passagem muito feliz que eu tive na banda."