acervo: Brandão Lucas
documento: 5- Divindades aquáticas
sinopse: No século I fala-se de uma embaixada ao Imperador Tibério, dando notícia que uma nereida, ao morrer, soltara um triste canto que ecoou por todo o oceano.
Também se conta que, perto de Lisboa, numa caverna batida pelas ondas, foi visto uma vez um tritão, tocando o seu búzio.
Divindades que por aqui ficaram, pousando histórias e que revelam a existência de lendas muito antigas ligas ao mar.
Vem de longe, do tempo do mito, a sereia do mar, a ninfa do rio, a moura da fonte … guardiã e prisioneira das águas que protege as mulheres, encanta os homens e cura as mágoas.
No final, aquelas entidades que S. Martinho de Dume, no século VI proibia que se venerassem pois eram demónios que, ao serem expulsos do céu, presidiam ao mar, ao rio, às fontes, aos bosques.
Mas de nada valem porque, manifestações do sagrado ligadas às águas, continuaram a existir; já cristianizadas; como senhoras da saúde, sustentando uma fonte, um poço, junto da sua capela.